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Livros são as melhores invenções

  • Foto do escritor: Ana Castro
    Ana Castro
  • 24 de abr.
  • 2 min de leitura

Dia 23 de abril, além de ser de São Jorge/Ogum, também é dia mundial do livro e do direito do autor. Eu gosto dessas efemérides porque nos ajudam a contar os dias e as histórias.


Livros são as melhores invenções da humanidade
Livros são as melhores invenções da humanidade

Você já parou para pensar em quanta coisa precisou ser inventada para que a gente pudesse ter um livro hoje? Primeiro veio a linguagem, a comunicação. As pessoas aprenderam a usar a voz como instrumento de trocas. Imagino que no começo as palavras tinham um sentido muito concreto. Apontava-se para a pedra e se dizia pedra. Até que todo mundo entendesse que aquilo era uma pedra.

Deve ter levado um tempo até que alguém apontasse para o céu, ou para dentro, e começasse a falar das coisas não vistas. Daquilo que já aconteceu, do desejo do futuro, de como deveriam ser outros mundos. Ali a linguagem foi ficando abstrata e cheia de outros significados.


Depois inventaram a escrita. Cada povo, cada comunidade, devia escrever usando seus próprios símbolos. Pedra podia ser um risco, um círculo, três rabiscos, a depender do local. Era difícil compartilhar a linguagem com quem era de outro lugar. Eis que inventaram o alfabeto. Ou, os alfabetos!


Enfim um símbolo que podia ser compartilhado com mais pessoas. E compreendido. O suporte das palavras também mudou muito. Lama, parede de caverna, papiro. Até chegarmos ao livro como conhecemos hoje foram muitas mudanças. O livro, no formato retangular, seja ele físico ou digital no tablet/kindle. Esse formato não é à toa. Parece uma janela, um contorno. Um livro é uma janela que nos abre para outros mundos, novas percepções, outras realidades.


Mas, nada disso seria valioso se ainda não fosse inventado uma outra coisa: o leitor. O leitor é quem dá sentido ao livro. O livro não existe quando escrito. Ele existe quando é lido.


Gosto muito de uma frase do Borges que diz assim: “dos diversos instrumentos do homem, o mais impressionante é, sem dúvida, o livro. Os outros são extensões do seu corpo. O microscópio e o telescópio são extensão de sua vista; o telefone é extensão da voz; ainda temos o arado e a espada, extensões do braço. Mas o livro é outra coisa: o livro é extensão da memória e da imaginação.”


Viva os livros! Viva os leitores! E viva os autores e autoras!

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